Por: Núbia Alves
Como boa sagitariana, sempre fui regida pelo instinto, o momento, a paixão pelo entusiasmo de viver. Nós, signos de fogo, temos essa chama que nos move a nos aventurarmos nas loucuras da vida. Mesmo que, por muitas vezes, não pensemos nas consequências delas.
Mas hoje, especialmente nesse período festivo, colorido e com a fogueira sendo um símbolo místico do festejo, quis falar sobre uma chama que faz parte da nossa vida. Que une calor, cor, instantaneidade, sorrisos, mas também lágrimas, tudo em um carrossel frenético de emoções. A paixão. Ela que assim como diz um hino do São João, acende a fogueira do meu coração.
Ô sentimento intrigante é a tal da paixão. Lhe tira do sério, ao mesmo tempo que lhe bota no eixo. É direção e perdição no mesmo ponto. Como a gente costuma dizer aqui no interior, “é um mata e cura”.
E não sei se é devido às fogueiras de São João, os brilhos das bandeirolas ou o som da sanfona, que traz de volta tanta emoção pra quem ama essa época do ano. Se é a falta de quem já não se aguentava mais de tanta saudade do que nos foi tirado nos últimos dois anos. Mas de uns dias pra cá, a paixão se reascendeu no meu peito forrozeiro e tem feito morada nos meus pensamentos. Ardente, assim como as brasas de uma fogueira. Dançante como as quadrilhas juninas. Eterna como o amor de quem é Nordestino.